Porto Alegre - O treino da tarde desta quinta, no Beira Rio, teve proteção policial. Dois camburões da Brigada Militar estavam no estádio, segundo um dos praças, a pedido da direção do Inter.
A direção alegou que o policiamento tinha sido solicitado por causa de um jogo das divisões de base. Mas, não se realizou nenhum jogo no Beira Rio, e sim um treino dos jogadores que não participaram da derrota de 4 a 1 para o São Paulo na quarta-feira. A suspeita é de que o Inter pensou em evitar uma possível represália dos torcedores em cima do atacante Luiz Cláudio.
O atacante, que tem recebido muitas vaias da torcida, declarou na manhã desta quinta que se os torcedores não quiserem vê-lo com a camisa do Inter, é só não irem ao estádio. Isso aumentou a revolta dos colorados. Embora Luiz Cláudio seja goleador do futebol gaúcho na temporada (25 gols, contra 21 de Zinho, do Grêmio) e o artilheiro do time no Brasileiro, com 7 gols, a torcida explode em vaias a cada bola que foge ao controle dele.
O técnico Carlos Alberto Parreira tem feito o que pode para prestigiar o atacante. E pretende mantê-lo na equipe contra o Fluminense, neste sábado, no Maracanã. Em princípio, a única modificação admitida por Parreira é na lateral esquerda: entrada de Martinez no lugar de Wederson. O retorno de Bruno à lateral direita, depois de cumprir suspensão pelo terceiro cartão amarelo, também é provável.