São Paulo – Acabou o sufoco. Na última rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2002, o Brasil goleou a Venezuela, por 3 a 0, no estádio Castelão, em São Luís, na noite de quarta-feira, e se tornou a 30ª seleção classificada para a competição sediada por Japão e Coréia do Sul.
Para chegar lá, depois de Croácia, Eslovênia, Turquia, Costa Rica, EUA, Equador, Senegal, Tunísia, China e Arábia Saudita, o técnico Luiz Felipe Scolari resolveu constatar o óbvio. Só é possível vencer fazendo gols e para chegar a eles é necessário atacar.
O Brasil partiu para cima desde o início em São Luís. Com menos de 30 segundos, Rivaldo recebeu cruzamento dentro da área e cabeceou para fora.
Aos 12min, o sufoco começou a acabar. Edílson fez penetração na área e acabou cometendo falta em um zagueiro venezuelano. A bola sobrou para Luizão, um matador dos tempos em que se amarrava cachorro com lingüiça. O corintiano não perdoou e mandou para rede.
Sete minutos depois, Edílson fez nova jogada e encontrou Luizão dentro da área. Ele disparou fazendo seu segundo gol na partida. Um presente para o jogador, que completou 26 anos na quarta-feira depois de passar por um drama.
O atacante ficou afastado dos gramados por causa de uma operação no joelho. Pouco depois do retorno, se machucou justamente no dia em que foi convocado para Seleção. Deixou o campo chorando e pediu para não ser cortado. Felipão concordou. Luizão não decepcionou. Se recuperou a tempo de voltar para garantir a classificação brasileira.
O domínio brasileiro era tanto que o técnico da Venezuela, Richard Paéz, se irritou até com seu filho. Aos 33min, sacou Paéz para entrada de Martínez.
Com a vantagem no placar e os venezuelanos desesperados, até Rivaldo resolveu dar o ar da graça. Aos 34min, mais uma vez coube a Edílson armar o ataque e passar para o meia do Barcelona, que mandou para o gol sem chance de defesa para Dudamel.
No segundo tempo, a missão brasileira ficou ainda mais fácil. Logo a 2min, o capitão venezuelano Luís Vera deu uma cotovelada em Juninho Paulista e acabou expulso.
Com um a menos, o técnico da Venezuela sacou dois jogadores ofensivos (Moran e Urdaneta) e colocou dois zagueiros (Gimenez e Valenilla). O jogo se transformou então em um ataque x defesa.
Porém, faltou interesse aos atacantes brasileiros, que se contentaram com a frente e se preocuparam mais em fazer jogadas de efeito que tentar mais gols.
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