Rio - Embora o Cantão de Zug, na Suíça, não tenha homologada a rescisão de contrato do Flamengo com a ISL, o presidente Edmundo dos Santos Silva fez uma convocação às pressas do Conselho Deliberativo para votar na próxima quarta-feira a aprovação de um contrato de parceria na área de licenciamentos de produtos com a empresa Pro Entertainment do Brasil.
A intenção de Edmundo Silva é agilizar a aprovação, pois a empresa acena com um aporte financeiro imediato de R$ 2 milhões que servirá para amenizar a dívida salarial com os jogadores, evitando que eles recorram à Justiça pedindo o rompimento do vínculo com o clube.
Mas a aprovação do contrato deve encontrar uma certa resistência, já que, segundo fontes do clube, a empresa pretende abocanhar 50% de todos os produtos negociados pelo Flamengo no Brasil. A oposição entende que este valor significa, não a celebração de uma parceria, mas a terceirização do departamento de marketing. Além disso, pretende até enviar um responsável a Zurique, na Suíça, para checar a situação do contrato do clube com a ISL – querem saber se o direito de negociar os produtos ainda pertence à massa falida da empresa.
A questão com a ISL é tão delicada que a Nike, patrocinadora oficial do Flamengo, se nega a negociar um novo contrato enquanto o presidente Edmundo dos Santos Silva não provar que a rescisão com a empresa suíça está sacramentada. O contrato que vigora foi feito com a Flalic, empresa, que pertencia à ISL, responsável por negociar os produtos com a marca do clube.