São Paulo – O Conselho Deliberativo do Flamengo vota nesta quarta o contrato com a Pro Entertainment do Brasil que pode ceder a maioria dos direitos de merchandising da marca e imagem do clube para sempre em troca de um adiantamento de R$ 2 milhões. O parecer do Conselho Fiscal e a oposição vão pedir o adiamento da votação e a reprovação do acordo nos moldes atuais.
Responsável pelo contrato com a falida ISL, o presidente Edmundo dos Santos Silva, que se recusou a falar sobre o assunto, quer a aprovação imediata do contrato.
A oposição não aceita as cláusulas que permitem que a Pro Entertainment possa repassar a exploração da marca do Flamengo para outras empresas, excluídos alguns itens por tempo ilimitado, sem prestar contas. Para o ex-presidente Márcio Braga, esses artigos têm de ser modificados:
”É um absurdo o Flamengo ter de aceitar acordos que não fez. Se o contrato for aprovado, vou à Justiça”.
Nesta terça, a oposição esteve reunida para decidir a estratégia para barrar o contrato. Nesta quarta, vão pedir o adiamento, depois, tentarão impedir a sua aprovação entre os conselheiros.
O presidente do Conselho Fiscal, Delair Dubrowsk, não quis falar sobre o parecer do órgão que comanda, mas apontou um problema. Para ele, apenas quando a Corte de Zug, na Suíça, aprovasse a rescisão com a ISL, o Fla poderia assinar o acordo.
”Ainda não foi homologado pela Justiça suíça e o Conselho tem de analisar. O clube pode ter problemas na Justiça, como acontece no Vasco”.
O LANCE! apurou que o Conselho Fiscal também pedirá o adiamento por duas razões. Primeiro, por causa da não apresentação de documentos previstos no contrato. Segundo, que por estatuto, o Conselho de Administração tem de apreciar esse contrato.
O adiamento será decidido pelo presidente do Conselho Deliberativo, Gilberto Cardoso Filho, que é aliado de Edmundo Silva.