São Paulo - Depois de promover uma lei do silêncio que durou duas semanas, o atacante Viola, do Santos, resolveu criar uma nova maneira de atrapalhar a imprensa: impedir os fotógrafos de trabalhar.
O jogador não permitiu que dois repórteres fotografassem um torcedor que pedia mais empenho a ele. Um dos profissionais, do jornal santista "Expresso Popular", alega que teve o braço puxado pelo jogador. Viola nega a agressão.
“A imprensa tem que colaborar para que fatos como esses não aconteçam”, disse o atacante, tentando explicar a censura.
Serginho Chulapa saiu do CT e foi conversar com o torcedor que pedia mais vontade ao jogador. Mais uma vez, o ex-artilheiro apagou um incêndio no Santos. Em 1998, Viola pulou o muro do Centro de Treinamento para brigar com um torcedor que havia levado uma faixa com a frase: "Viola, joga bola".
Ficou pior quando o jogador resolveu explicar as razões para impedir os profissionais de fotografarem. “Todas as vezes em que acontece uma cena de violência nas ruas, se vocês (jornalistas) ficarem em cima, vão estar incentivando ainda mais a violência”, explicou o censor do ataque santista.