Paris – Os atacantes brasileiros Alex Días e José Aloisio que nesta segunda-feira,compareceram diante do juiz de Saint-Etienne que os processou pela falsidade de seus passaportes, voltaram a apontar seus ex-dirigentes nesse clube francês como responsáveis por suas licenças fraudulentas.
Ambos jogadores, que atualmente estão no Paris Saint-Germain, tiveram hoje uma acareação com Gérard Costumar, que foi presidente na temporada passada do Sain-Etienne, informaram fontes judiciais.
Os jogadores brasileiros afirmaram que Costumar foi seu interlocutor no clube para solucionar o problema da dupla nacionalidade, segundo declarou seu advogado, André Buffard.
Durante a investigação que o parlamento brasileiro realizou sobre a difusão de passaportes falsos, Alex e Aloisio envolveram Costumar e o ex-jogador carioca Edinho, representante de jogadores, sobre o qual pesa uma ordem internacional de busca e que não se apresentou ao tribunal.
Alex e Aloisio foram processados pelo juiz de Saint-Etienne Nicolas Chareyre por uso de documento falso, depois de terem jogado metade da temporada passada com licença da União Européia, graças a seus passaportes portugueses.
Costumar, que deixou o Saint-Etienne no início da temporada, também foi processado por cumplicidade neste caso.
O último comparecimento dos dois brasileiros diante do juiz de Saint-Etienne foi em 2 de outubro, quando o magistrado quis afrontar as declarações dos jogadores frente à Comissão Jurídica da Liga Nacional de Futebol (LNF), que lhes impôs sanção de dois meses de suspensão.
Alex e Aloisio não são os primeiros jogadores julgados na França pelo assunto dos passaportes falsos.
Em abril deste ano, o colombiano Faryd Mondragón, o chileno Pablo Contreras e o argentino Emilio Manuel Romay se tornaram os primeiros condenados na Europa por este caso, quando o Tribunal Correcional de Paris lhes sentenciou a dois anos de proibição de estadia na França, além impor uma multa.