Ribeirão Preto - Depois da tempestade causada pela goleada pelo Gama e pelo rebaixamento, o Botafogo junta os cacos para se reerguer em 2002. No entanto, o planejamento do clube pode ser atrasado em função da politica que agita os bastidores.
Nesta semana tomam posse o novo presidente Luís Bianchi e a sua diretoria. O assunto mais importante no clube após a transição será a reestrutrução para a próxima temporada, a começar pela comissão técnica, que terá seu destino definido nos próximos dias. Artur Neto ainda não sabe se fica em Ribeirão, mas já adianta seu projeto para o clube.
“Já manifestaram o desejo, como eu também. Se eu ficar, quero mudar para melhor”, falou o treinador, que sai do campeonato com saldo melhor que seus antecessores, mas longe de ser convincente.
Em 13 jogos, foram 17 pontos, o que representa 43,5% de aproveitamento. Se para o clube os números não foram suficientes para livrá-lo do rebaixamento, para o treinador, no entanto, eles são satisfatórios e só não foram melhores por causa da qualidade do elenco que teve que assumir.
“Uma coisa é certa, infelizmente a equipe montada não era adequada para o Brasileiro. Ficou provado isto e tenho a consciência tranqüila de que fiz o possível”, disse Artur Neto.
Para ele, faltou pouco para que o impossível se tornasse possível.
“Sabia que era missão quase impossível. Quase se tornou possível, mas do jeito que jogamos no primeiro tempo em Brasília, ninguém da jeito. Lamento pela cidade e pelo próprio clube”, concluiu.