São Paulo - O ano 2001 tinha tudo para ser o mais memorável da historia do Botafogo. Mas em menos de seis meses após conquistar o vice-campeonato paulista, o time de Ribeirão sofreu um duro golpe sendo rebaixado para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro.
A péssima campanha no segundo semestre não so ofuscou a conquista inédita no Paulistão como também pode resultar na exclusão do Torneio Rio-SP, que soaria como um duplo rebaixamento na mesma temporada, já que o Paulistão de 2002 ficara esvaziado sem a ausência dos grandes.
"Seria um golpe muito grande no clube. Não se pode misturar as coisas", defende-se o presidente Ricardo Ribeiro.
O dirigente admite ter errado no planejamento para o Campeonato Brasileiro, mas vê outras razões para o fracasso do Botafogo-SP. "Erramos no início com a contratação do técnico e a aposta em alguns jogadores. Mas também fomos prejudicados por más arbitragens e por algumas baixas no elenco por causa de contusões", citou.
Enquanto, no Paulistão, o Botinha manteve apenas um técnico no cargo (Lori Sandri), no Brasileirão foram três. O elenco vice-campeão também foi desfeito e apenas três titulares permaneceram no clube para a disputa do campeonato nacional. Sem reposição à altura a equipe despencou.
O retrato da filosofia do clube é claro no desempenho das últimas temporada. Em três anos o Botafogo se tornou um verdadeiro io-io, subindo e descendo de divisões. Em 98 subiu para a Série A do Brasileiro e no ano seguinte acabou rebaixado pela média de pontos. Em 2000, o clube conquistou um novo acesso, desta vez para a A1 do Campeoanto Paulista, deixando o São Caetano para trás. Um ano depois, conheceu mais um rebaixamento no Brasileirão, após ser pinçado para disputar a primeira divisão.
Nesta semana uma nova diretoria tomará posse junto com o presidente eleito Luiz Bianchi, atual vice de Ribeiro. A se basear pelo trabalho feito em conjunto ate então, pouca coisa deve mudar.