São Paulo - Para classificar-se às semifinais do Campeonato Brasileiro, a equipe do São Paulo precisa vencer o Atlético-PR, que tem a vantagem do empate (no tempo normal e, depois, na prorrogação). Mas há um outro adversário do Tricolor em campo: o estádio da Arena da Baixada.
O clube paranaense nunca perdeu para o São Paulo jogando em seu caldeirão, que foi construído em 1999. Foram dois jogos e duas vitórias atleticanas: 4 a 1 em 1999 e 2 a 1 em 2000.
Para complicar ainda mais, o Furacão faz uma campanha excelente em casa esse ano no Campeonato Brasileiro. Em 13 jogos, a equipe venceu nove, empatou três e só perdeu para o Fluminense.
"A Arena é um campo considerado pequeno, fechadinho...é como uma La Bombonera e uma Vila Belmiro. A torcida incentiva muito o time do primeiro ao último minuto e a pressão contra o adversário é grande", diz o zagueiro Reginaldo Cachorrão, que já jogou no Atlético-PR.
Outro que também conhece bem os atalhos da Arena da Baixada é o lateral-esquerdo Lino. O jogador defendia as cores do Iraty, clube do interior do Paraná, até ser contratado no meio do ano pelo Tricolor.
"Em jogos decisivos a torcida do Atlético lota o estádio e a pressão é grande. Mas torcida não ganha jogo. Até aí o São Paulo tem tradição, mas camisa hoje no futebol também não ganha mais jogo. Nosso principal adversário é a equipe do Atlético".
O zagueiro Wilson, que também já defendeu as cores do Furacão, acredita que o caminho para o Tricolor conseguir vencer o jogo está nos vinte primeiros minutos de jogo. Segurar a pressão do Atlético e jogar a torcida deles contra o próprio time é um dos conselhos do jogador.
Mas o zagueiro, assim como Reinaldo, ex-atacante do Paraná, acredita antes de tudo na força e experiência do elenco são-paulino.
"A torcida do Atlético grita, empolga o time o jogo inteiro. Mas o nosso time está acostumado com decisões, temos jogadores experientes para agüentar essa pressão e sair de campo com a vitória e a classificação", diz Wilson.