Buenos Aires - O ex-jogador Diego Maradona reforçou nesta terça-feira suas críticas ao governo do presidente argentino, Fernando de la Rúa, manifestando-se contra as novas medidas econômicas que limitam a circulação de dinheiro para evitar a fuga de capitais.
Ao referir-se ao ministro de Economia, Domingo Cavallo, Maradona disse que sem ter sido eleito, acabou se tornando o presidente, falando demais como fez na apresentação do pacote. "E De la Rúa? Estava fazendo a sesta? Acordem-no!".
Maradona, cujas declarações têm geralmente grande repercussão no país, disse que as medidas do governo o pegaram "como o cú". "A gente continua sofrendo, me dá raiva. Qualquer um mete a mão no bolso de qualquer um", disse o ex-jogador, conhecido na Argentina como "Pelusa" (cabeludo), em declarações à rádio La Red, de Buenos Aires.
Maradona, sempre crítico ao ex-vice-presidente e ex-governador da província de Buenos Aires Eduardo Duhalde, disse que está disposto a lutar contra Menem pela candidatura presidencial do Partido Justicialista em 2003, disse: "Se o visse no deserto, lhe atiro uma anchova".
Sobre sua aspiração de ser vice-presidente da Argentina se Menem vencer as eleições de 2003, disse que "comprometer-se é bom". "As pessoas votaram na Aliança por um futuro melhor, mas (esta coalizão) se formou, na verdade, para tirar o (Carlos) Menem" do poder, disse.
O músico de rock Charly García declarou hoje à mesma rádio que ele também gostaria de ser vice-presidente de Menem, e propôs um "triunvirato" governamental Menem-Maradona-García.