Porto Alegre - Um clima de guerra marcou, nesta quarta-feira, o fim da chamada "Era Fernando Miranda" no Internacional. Um avião com os dizeres "Adeus, Miranda Taliban" sobrevoou Porto Alegre e o Beira-Rio à tarde, nos momentos em que o elenco se reapresentava, para entrar oficialmente em férias.
“Ainda bem que não atiraram o avião sobre o estádio”, desdenhou Fernando Miranda, o líder da facção Inter-2000 que lutou por 10 anos para chegar à presidência e que está encerrando sua gestão de dois anos sem ganhar nenhum Gre-Nal, não ter disputado nenhum título e ter criado inimigos por todos os lados.
O líder da união das oposições, Fernando Carvalho, favorito para vencer as eleições do próximo dia 17, contra o situacionista Felipe de Oliveira, eximiu-se de responsabilidade pelo vôo do avião. A verdade é que Miranda, por causa de seu estilo agressivo, cultivou muitos inimigos – entre oposicionistas, jornalistas (chegou a torcer o nariz de um), dentro de seu próprio movimento e, ontem, até entre jogadores: o atacante Fábio Pinto despertou seu ódio ao declarar apoio ao candidato das oposições, Fernando Carvalho.
“Ele não mostrou futebol com treinador nenhum e agora quer escolher o presidente. Jogador sem caráter”, reagiu Miranda.