Rio - Transformar atacantes em filtros. Pode parecer estranho, mas foi o que o técnico Oswaldo de Oliveira mais trabalhou no treino tático desta sexta, nas Laranjeiras. Quase que totalmente voltado para o posicionamento, o técnico orientou Magno Alves para ficar aberto pela direita, mandou Caio fazer o mesmo pela esquerda e colocou Roger bem próximo dos dois.
O objetivo é marcar o adversário por pressão e impedir que os jogadores mais ofensivos do Atlético-PR recebam a bola de forma limpa. “Eles serão os filtros das jogadas do Atlético. O Fluminense precisa começar a defender no ataque e começar a atacar na defesa”, diz Oswaldo.
Caio e Magno têm a função de marcar os zagueiros do time paranaense. Cabe a Roger acompanhar o líbero ou o volante, dependendo de quem iniciar a jogada. “O time está desgastado. Não iria exigir muito deles. Fiquei muito tempo conversando e parei o treino a todo instante”, garante o técnico.
De fato, o treinador usou e abusou da conversa. Preferiu a teoria à prática e jamais deixou o treino correr, virar num coletivo clássico.
Mas o Fluminense não será só marcação. Com este esquema, Oswaldo espera roubar bolas e iniciar os ataques em velocidade. Para isso, pediu que Roger seja sempre uma referência, jogando um pouco atrás dos atacantes e procurando os passes. Magno e Caio deverão se movimentar e buscar os lados do campo. Os laterais avançarão alternadamente e com total segurança.
“O Fluminense não vai mudar muito. Mas os homens de criação do Atlético são perigosos e velozes. Não podem receber a bola com tranqüilidade. Mas vamos buscar o gol também. Conversei com os atacantes. Eles sabem a função que devem executar no jogo deste domingo.”