Rio - O preparador físico Paulo Paixão pode não continuar no Grêmio em 2002. Embora não admitam publicamente, os dirigentes acham que ele ficará muito tempo na Seleção Brasileira durante o primeiro semestre, e avaliam a relação custo-benefício de uma renovação de contrato.
A competência de Paixão não é colocada em dúvida. Mas ele não tem a simpatia de todos os dirigentes. Além disso, o técnico Tite, quando se transferiu do Caxias, no início do ano, carregou junto o preparador físico Gilberto Delamore, considerado uma revelação na área, mas ainda exercendo funções de auxiliar.
O vice-presidente de futebol do Grêmio, José Otávio Germano, declarou nesta quinta-feira que a condição para o clube renovar o contrato do preparador físico Paulo Paixão é ele conseguir conciliar o trabalho no clube e na Seleção Brasileira.
Mas não temos certeza de que ele estará com a cabeça cem por cento voltada para a Libertadores, disse o dirigente, gerando a especulação de que o clube não se interessa mais por seu profissional.
O Grêmio acha que Paixão vai ficar tempo demais na Seleção Brasileira no primeiro semestre, e não poderá atender o clube num período importantíssimo.
"o Tricolor fará tudo para conquistar a Libertadores. Segundo Germano, não é a competência do fisicultor que está em jogo, e sim a relação custo-benefício num contrato que fatalmente teria de valorizar o trabalho de Paixão."
Outro que tem poucas chances de continuar no Olímpico, segundo os dirigentes, é o zagueiro Marinho, que estaria irredutível na sua intenção de receber R$ 120 mil por mês.