Rio - O jogador Saulo, do Sport, poderá ser processado pelo Poder Judiciário. O advogado do clube, Flávio Cury, garantiu que o lateral-direito mentiu e será processado por ter atacado o Judiciário de Pernambuco, ao fazer declarações em uma emissora de rádio acusando a juíza que deu despacho na ação em que reclamou a tutela do seu passe de ser esposa de um jurista ligado ao Sport.
Saulo se defendeu declarando que recebeu uma informação de que a magistrada era casada com um dirigente do clube rubro-negro pernambucano e alegou que fez a reclamação porque o Sport lhe deve cinco meses de salários. O advogado revelou que Saulo será processado pelo Tribunal Regional do Trabalho, em Recife.
“Ele atacou o Poder Judiciário e vai ser processado pelo Tribunal. Nem sei quem é essa juíza. Ou Saulo é um grande mentiroso ou alguém o iludiu”, disse o representante jurídico do clube.
A reação do jogador veio logo a seguir. “O Sport deveria era pagar o que deve a mim e aos funcionários. Em vez disso, esse dirigente vai para a rádio falar bobagem”, afirmou Saulo, referindo-se ao advogado.
Sobre a briga com o volante Leomar, o advogado do clube garantiu que o Sport não desistiu de sua permanência. “Entramos com um mandado de segurança, mas o Judiciário entrou em recesso e o julgamento deverá ser lá para o dia 7 ou 8 de janeiro.”
Apesar da pendência judicial, Leomar deverá ir para a Coréia do Sul, para o mesmo clube que levou o atacante Kuki, do Náutico. Há entendimentos entre o jogador e os representantes do clube sul-coreano. Ele já acertou contrato com dirigentes sul-coreanos, mas aguarda um julgamento na Justiça do seu caso com o Sport, que será no dia 13 de janeiro. Leomar conseguir uma tutelar, mas o advogado do clube recorreu.
Leomar, que foi convocado para a Seleção Brasileira pelo treinador Leão, está no Sport desde 1996 e tinha mais três anos de contrato a cumprir. Porém, com os sucessivos atrasos dos salários, ele foi à Justiça exigir sua liberação.
O volante Bruno Quadros e o atacante Júnior Amorim conseguiram rescindir contrato sem a obrigatoriedade de pagar multas. Eles conseguiram a garantia para a liberação com o juiz do trabalho da 10ª Vara de Recife.