São Paulo - Na apresentação oficial desta segunda, no Parque São Jorge, Parreira assume o Corinthians tendo como maior desafio desenvolver um trabalho, no mínimo, a médio prazo, o que não conseguiu no São Paulo, em 96, e no Santos, em 2000.
Nos outros clubes grandes paulista em que trabalhou, Carlos Alberto Parreira sequer ficou mais de cem dias no cargo. No São Paulo, comandou boa parte da campanha da equipe no Brasileiro de 96, quando o Tricolor ficou em 17 lugar, e foi demitido do clube com mais derrotas do que vitórias (7 contra 6).
O desligamento aconteceu faltando cinco jogos para o fim da primeira fase, após divergências com alguns jogadores, como os atacantes Müller e Valdir, o zagueiro Válber e o lateral-esquerdo André Luís.
No Santos, Parreira assumiu na tentativa de levar uma equipe de estrelas, como Rincón e Edmundo, à classificação. Ganhou três, perdeu três e pediu demissão após a eliminação do Brasileiro de 2000. Foram apenas 26 dias no cargo.
No Corinthians, o técnico chega para dar continuidade a uma reformulação do elenco iniciada pelo técnico Vanderlei Luxemburgo, baseada em uma rígida "política pés-no-chão" dos dirigentes, sem grandes investimentos em contratações.
Não é a primeira vez que Parreira sucede Luxemburgo. Em 91, na primeira das três passagens pelo futebol paulista, o treinador deu seqüência ao trabalho de Luxa no Bragantino, levando o time do interior ao vice-campeonato do Brasileiro.
O técnico permaneceu nove meses em Bragança, maior tempo dirigindo um time de São Paulo, e de lá seguiu para a Seleção Brasileira.