Madri - A Copa do Mundo de 2002 será o cenário perfeito para que o atacante Denílson mostre do que é capaz e cumpra as expectativas de seus torcedores.
Denílson tinha somente 20 anos no mundial da França, em 1998, e competia com o experiente Bebeto para estar ao lado de Romário, mas acabou sendo escalado algumas vezes na equipe de Zagallo.
De forma surpreendente, o clube que acabou o levando o ex-são paulino foi o Betis, de Sevilha, que pagou US$ 35 milhões. Mas a condição de então jogador mais bem pago do mundo pesou muito nas atuações de Denílson, que encontrou dificuldades para adaptar-se ao futebol europeu.
Somou-se à responsabilidade o fato do atacante ter trabalhado com quatro diferentes técnicos em seus primeiros meses na equipe.
Depois que o Betis foi para a Segunda Divisão da Espanha, Denílson acabou sendo emprestado ao Flamengo, em setembro de 2000.
O jogador só voltou ao Betis quatro meses depois por causa da incapacidade do Flamengo em cumprir o acordo com o clube espanhol.
“É verdade que não queria jogar na Segunda Divisão, mas quando voltei isso se converteu em um momento importante para minha carreira como jogador. Tomei a decisão de que deveria voltar a gostar do futebol e isso me levou a voltar para minha velha forma'', disse o atacante.
O Betis conseguiu voltar à Primeira Divisão e Denílson foi convocado novamente para a Seleção Brasileira. Foi um dos poucos jogadores que se salvou na apagada campanha do Brasil durante a classificação para a Copa do Mundo deste ano.
Quando o Real Madrid bateu os recordes mundiais de transferências com o português Luis Figo e, este ano, com o francês Zinedine Zidane, o peso que estava nas costas de Denílson desapareceu.
Com maior liberdade de movimentos na equipe do Betis dirigida por Juande Ramos, Denílson tem tido atuações brilhantes nesta temporada, destruindo defesas e levando seu time à liderança do campeonato ao lado de Deportivo, Alavés e Real Madrid.