São Paulo - O tênis foi o único esporte a fechar a temporada de 2001 dando lucro para o Corinthians, o clube mais popular do estado. A revelação foi feita pelo presidente corintiano, Alberto Dualib, que revelou alguns dados do balanço anual do Timão.
O levantamento apontou um déficit de quase R$ 20 milhões nas contas do clube, prejuízo distribuído entre o futebol profissional e os esportes amadores. “Temos 20 modalidades de esportes amadores que sempre dão déficit. Só o tênis começou a dar lucro e, por enquanto, é o único esporte do clube que não fica no vermelho”, anuncia Alberto Dualib.
Com uma receita de R$ 30 milhões em 2001, o futebol profissional gastou cerca de R$ 39 milhões no ano. O déficit foi coberto pela venda do atacante Ewerthon ao Borussia, da Alemanha, que rendeu US$ 5 milhões (cerca de R$ 11,5 milhões).
Na área social, o problema é crônico, e o buraco, ainda maior: R$ 17 milhões de despesas contra só R$ 7 milhões de receita. Parceira do Corinthians, a Hicks Muse só administra as contas do futebol, não assumindo os prejuízos da parte social. “O maior desafio é equilibrar as contas do clube. O déficit no futebol sempre foi de R$ 6, R$ 7, R$ 8 milhões. Mas só com uma venda como a do Ewerthon a gente paga três anos de investimento”, calcula o presidente corintiano, buscando saídas para terminar com o prejuízo crônico das atividades do clube.
“Em janeiro, o nosso salão de festas (inaugurado há pouco mais de um ano) está alugado o mês inteiro, o que gera mais R$ 1 milhão para a gente. Isso é o que sempre manteve clubes como o Monte Líbano e o Juventus”, afirma Dualib.
Nessa busca desesperada pelo equilíbrio das contas da área social corintiana, o sucesso do tênis virou motivo de comemoração.
O esporte foi introduzido no clube em setembro de 2000 e, após os investimentos iniciais, atingiu o equilíbrio com o aluguel das quadras e a mensalidade das escolinhas.
Dez quadras compõem a infra-estrutura do tênis corintiano: oito de saibro e duas de piso sintético. O clube possui 389 alunos matriculados.