São Paulo – Depois de nove anos, a Parmalat, que foi co-gestora do Palmeiras em sua época de ouro na década de 90, está deixando o futebol brasileiro definitivamente, segundo apurou o Terra Esportes. Hoje, a empresa é dona do Jundiaí, time que irá disputar o Torneio Rio-São Paulo e acabou de subir para a Segunda Divisão do Brasileiro.
Um dos grandes motivos que fez com que a empresa desistisse de investir no esporte nacional foi o prejuízo que levou com o meia Alex, ex-Palmeiras, que conseguiu seu passe na Justiça. O caso irritou os donos da empresa na Itália, que levaram um rombo de aproximadamente US$ 15 milhões.
O anúncio oficial, porém, deve ser feito nos próximos dias. Mas é bem provável que a empresa faça o mesmo que com o Palmeiras.
Ao dizer que estava de saída, ainda ficou mais seis meses no clube bancando boa parte das despesas. No caso do Jundiaí, entretanto, ela deve seguir com 100% das despesas já que é proprietária.
A crise no futebol brasileiro, com as CPIs investigando o mundo da bola, também colaborou para a Parmalat ficar com receio de seguir investindo no país.
Procurada pela reportagem, a diretoria da empresa, porém, negou que está deixando o Jundiaí.
PALMEIRAS - Durante o tempo que ficou no Parque Antártica, de 92 a 2000, a Parmalat também viveu sua fase áurea.
Com reforços caros e de peso, como foram os casos de Zinho, Cafu, Rivaldo, Muller, Edmundo, Paulo Nunes, Oséas, Edílson, Djalminha, Antônio Carlos, Roberto Carlos, Luizão, Arce, Flávio Conceição, além dos caros técnicos Wanderley Luxemburgo e Luiz Felipe Scolari.
Nesta época, a empresa consolidou seu nome no país tendo rendimentos bem altos tanto com a revenda de jogadores como com seus produtos.
O Palmeiras também não teve do que reclamar. Com os reforços, o time deixou uma fila de 16 anos sem conquistar um título. E ainda ganhou dois Brasileiros, três Paulista, e os inéditos Libertadores e Mercosul.