Rio - Mais do que voltar à liderança do ranking mundial, Gustavo Kuerten quer mesmo é recuperar a forma no início desta temporada. Ele deixou claro em entrevista nesta quinta-feira que ser número um não é uma ``obsessão''.
``Voltar com tudo sempre foi minha maior dificuldade. O início de temporada é o mais difícil'', afirmou Guga no Rio de Janeiro.
O primeiro jogo de Guga em 2002 acontece nesta quinta-feira, quando ele enfrenta o argentino David Nalbandian no Desafio Brasil x Argentina, no Maracanãzinho. Depois, o número dois do mundo embarca para a Austrália para disputar o primeiro Grand Slam da temporada.
O brasileiro disse que o fato de o líder do ranking, o australiano Lleyton Hewitt, estar com catapora, o que deve atrapalhar a preparação do australiano para o torneio que começa em 14 de janeiro, não alterará seu planejamento para a competição.
``O torneio vai servir para mim como um teste para ver como estão minhas condições para esta temporada, não como um meio para chegar novamente à liderança. Essa não é uma obsessão, quero mesmo é voltar bem'', disse Guga, quer perdeu a condição de líder do ranking para Hewitt na Masters Cup em Sydney, onde perdeu seus três jogos e acabou desclassificado.
Bem-humorado, Guga lamentou o fato de ter que deixar sua cidade natal, Florianópolis, lotada e ``com o sol brilhando''. ``É duro, meu amigo'', comentou.
Guga disse ter gostado de iniciar a temporada jogando no Brasil. ``Jogar aqui é sempre um prazer, já que são poucas as oportunidades, e, independente da competição, jogar no Brasil é sempre importante''.
A entrevista coletiva serviu para Guga anunciar a nova fornecedora de materiais, conforme o Terra Esportes antecipou nesta semana. Ele vai trocar a italiana Diadora pela brasileira Olympikus, e sua primeira camisa será laranja com faixas brancas embaixo dos braços.