Rio - A sombra do passado não vai deixar de atormentar Acelino “Popó” Freitas a um dia do combate de sua vida. O ex-empresário de Popó, Ruy Pontes, está em Las Vegas (EUA) com seus advogados, na tentativa de impedir que o brasileiro enfrente o cubano Joel Casamayor, neste sábado, pela unificação dos cinturões dos superpenas da Organização Mundial de Boxe (OMB) e Associação Mundial de Boxe (AMB).
Pontes, um dos sócios da Oficina de Idéias, empresa baiana que administrava a carreira de Popó, alega que ainda tem os direitos sobre o lutador, juntamente com o mexicano Ricardo Maldonado.
Em maio, sentindo-se explorado por Pontes e pelo ex-técnico Luiz Carlos Dórea, Popó desvinculou-se da empresa e assinou com o americano Arthur Pellullo. A briga tramita nos tribunais, mas Popó já saiu vencedor em duas instâncias.
Agora, Ruy Pontes teria que conseguir, em tempo recorde, uma liminar da Justiça americana, pedindo o cancelamento do combate, missão complicada para quem já foi derrotado nos tribunais brasileiros.
O ex-técnico de Popó, que também tinha porcentagem sobre os combates, garante que tanto ele quanto Ruy Pontes estão sendo lesados. “O direito, na realidade, é nosso. A Globo (que transmitirá a luta) já está ciente disso e vamos atrás dos nossos direitos”, confirmou Luiz Carlos Dórea.