Rio - Mike Tyson pode ter se envolvido em mais uma confusão em sua conturbada carreira. Na recente visita que fez a Cuba, onde agrediu jornalistas que o esperavam na frente do hotel, o ex-campeão mundial dos pesados pode ter viajado ilegalmente, sem a autorização do governo americano.
A Comissão Atlética de Nevada, que cassou a licença do boxeador quando ele esteve preso, levantou a suspeita. Caso ela seja comprovada, o lutador terá, então, violado leis federais e estará sujeito a penas criminais e civis.
Isso porque o Departamento do Tesouro dos EUA não permite viagens à ilha de Fidel sem autorização, devido ao embargo político e econômico. A permissão é dada em casos especiais como membros do governo, jornalistas, visitas a familiares ou participação de atletas em competições supervisionadas por federações internacionais.
A pena criminal é de até dez anos de prisão e multa que pode variar entre US$ 250 mil e US$ 1 milhão. Já as penalidades civis podem tirar do bolso de Tyson US$ 55 mil pela violação.
O Departamento do Tesouro não se pronunciou sobre o caso, mas afirmou que é raro acontecer punições nesse tipo de caso.
Sem pressão - O presidente do Conselho Mundial de Boxe, José Sulamain, acredita que haverá entendimento para que ocorra a luta entre Tyson e o britânico Lennox Lewis, mesmo com o prazo dado pela entidade, 8 de janeiro, já ter se esgotado.