Rio - A diretoria do Avaí-SC vai entrar na briga para exigir que seja realizado outro jogo de sua equipe com o Caxias-RS pela fase final do Campeonato Brasileiro da Série B. O anúncio foi feito pelo presidente do clube catarinense, Flávio Félix. Ele disse que o advogado do clube, Luís Trindade Cassetari, já tem tudo pronto para impetrar a ação segunda-feira no Rio. O Avaí quer uma das vagas do Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão e reivindica a realização de outra partida contra o Caxias, segundo Flávio Félix, porque foi o único prejudicado com os atos do Figueirense-SC e do Caxias.
O dirigente explicou que o Avaí agiu com decência e acabou sendo o único prejudicado com atos de "molecagem" dos seus concorrentes. O Figueirense se valeu de uma invasão de campo para vencer o Caxias por 1 a 0 e o Avaí vencia o Caxias pelo mesmo placar quando o jogo foi suspenso pelo fato de a equipe do interior gaúcho ter praticado um "cai-cai".
Segundo Flávio Félix, o Avaí teve duas chances de tomar a mesma atitude e sair de campo favorecido: “O Avaí ganhava do Paysandu-PA por 3 a 2 no finalzinho do jogo e acabou permitindo o empate em 3 a 3, em cima da hora. Poderíamos ter usado o mesmo expediente. No jogo com o Figueirense nós vencíamos por 2 a 1 aos 38 minutos do tempo final e deixamos o nosso adversário empatar no final, também. Se tivéssemos feito o que o Figueirense e o Caxias fizeram, estaríamos na primeira divisão. Não podemos, assim, ser prejudicados agora”, disse, revoltado, o presidente do Avaí.
Para ele, só há uma saída para o Tribunal da CBF corrigir o que foi feito: é a realização de nova partida entre Avaí e Caxias. Flávio Félix alegou que tirar os pontos dos dois clubes, somente, não é punição para quem fez "molecagem". Só uma nova partida pode permitir ao Avaí tentar reparar os prejuízos que sofreu. Ele disse que está disposto a recorrer até a Justiça Comum, se o Tribunal da CBF não reconhecer os direitos do seu clube.