Rio – Uma infiltração de xilocaína provocou a convulsão de Ronaldo antes da final da Copa de 98 contra a França. A informação foi divulgada neste domingo pelo jornal Lance.
A infiltração na véspera da decisão foi a oitava recebida pelo atacante nos 32 dias entre o primeiro e o último jogo do Mundial para aliviar as dores no joelho direito. A xilocaína é um analgésico local usado em tratamentos dentários e cardiacos e em algumas cirurgias. O medicamento diminui o ritmo do batimento cardíaco e combate a fadiga.
Ronaldo recebeu a injeção 10 minutos antes de sofrer a convulsão. A infiltração por acidente atingiu uma veia e se espalhou rapidamente pelo sangue do jogador.
Segundo o diário, quando a xilocaína atinge a corrente sanguínea pode causar paralisação da língua, delírio, visão desfocada e tremores, seguido por sono, convulsão, inconsciência e possibilidade de parada respiratória.
Esses sintomas no atacante foram relatados por Roberto Carlos, companheiro de quarto de Ronaldo. Segundo o Lance, a informação foi passada pelo jogador a um amigo que preferiu não se indentificar.
O episódio foi negado pelo médico da Seleção na época, Lidio de Toledo, e pelo assessor de Ronaldo, Rodrigo Paiva. A convulsão de Ronaldo afetou o rendimento de toda a equipe brasileira, segundo relato dos próprios jogadores. A Seleção foi deerrotada na final por 3 a 0.