Buenos Aires - O governo argentino confirmou nesta última sexta-feira a realização do Campeonato Argentino da primeira divisão, apesar de todos os problemas financeiros e sociais no país.
“O começo do campeonato está garantido”, disse o secretário de Turismo e Esporte, Daniel Scioli, a respeito das dúvidas sobre a viabilidade do torneio, tendo em vista as dificuldades financeiras das equipes.
Com dívidas que em alguns casos superam os 30 milhões de dólares, as instituições esportivas se vêem impossibilitadas de pagar os salários dos jogadores, assim como os custos com a segurança nos estádios.
O presidente argentino Eduardo Duhalde se reunirá na semana que vem com os dirigentes do futebol argentino para buscar alternativas que permitam aos clubes sobreviver nos tempos de crise.
No encontro, os dirigentes pedirão ao governo para compartilhar os gastos com os efetivos policiais nos dias de jogos, assim como reduzir as cargas fiscais e converter em pesos os créditos com as entidades bancárias.
“Sabemos que o governo tem prioridades muito mais importantes que o futebol, mas sem ajuda não conseguiremos realizar o campeonato”, advertiu Julio Grondona, presidente da Associação de Futebol da Argentina (AFA).
Da mesma forma, o sindicato dos jogadores também programou uma reunião com os dirigentes para analisar a difícil situação do futebol local. “Sabemos qual é a situação do país, mas vemos que há problemas com as equipes, porque os salários não estão sendo pagos”, disse o secretário geral do sindicato, Carlos Pandolfi.
O início do Torneio Clausura está programado para o dia 8 de fevereiro, uma semana após a disputa da última rodada do Torneio Apertura, que foi adiada em razão dos violentos protestos sociais que terminaram por forçar a renúncia do então presidente Fernando De la Rua.