Rio - O vestiário do San Lorenzo após a conquista da Copa Mercosul, diante do Flamengo, era só festa. Os jogadores comemoravam o fato de terem conseguido dar ao clube o seu primeiro título internacional. Autor do gol que deu o empate aos argentinos no tempo normal, o atacante Raúl Estévez dedicou a conquista aos seus filhos.
“Eu dedico esta conquista aos meus filhos e a todos do San Lorenzo, que confiaram no nosso potencial”, afirmou Estévez.
Já o zagueiro Capria, que converteu o pênalti que deu o título ao San Lorenzo, fez questão de afirmar que seu clube mereceu o título. “Nós merecemos esta conquista, temos que comemorar. Nós sofremos muito por causa dessa decisão. Deus me deu a graça de bater o pênalti que decidiu a disputa”, afirmou Capria.
Nesse cenário o técnico Manuel Pellegrini fez questão de lembrar do grave momento financeiro vivido pelo povo argentino. “Este título é muito importante não só para o San Lorenzo, mas também para o país, por causa da forte crise financeira que estamos vivendo”, afirmou Pellegrini, que garantiu que vai permanecer no clube até julho.
Até mesmo um telefonema inesperado deixou os jogadores alegres. O atacante Bernardo Romeo, artilheiro da Mercosul, mas que foi negociado com o futebol alemão, ligou para dar os parabéns aos seus colegas.
“Este grupo merecia muito o título. Tomara que alguém se lembre de mim e guarde uma medalha, pois também fui campeão”, afirmou Romeo.
Mas no vestiário teve quem ficasse aborrecido. O goleiro Saja não gostou nem um pouco da postura adotada pelos torcedores, que invadiram o gramado antes da cobrança do último pênalti. “Tive que me envolver nesta questão, pois depois de tanto trabalho estava vendo a hora do San Lorenzo perder o título por causa de uma imbecilidade”, afirmou Saja.