Rio - Petkovic não esteve bem na decisão da Copa Mercosul e está obrigando a diretoria do Flamengo a quebrar a cabeça para arrumar soluções para o caos financeiro que assola o clube desde 2001.
A esperança de dias melhores em 2002 acabou com a premiação de US$ 2 milhões voando para os cofres do San Lorenzo e, por conseqüência, o próprio Petkovic está sendo centro de várias discussões dentro do clube. Desde a renegociação do milionário contrato às regalias de se reapresentar com atraso.
Aquele que era a maior esperança para o fim da crise, é agora o pivô dela. Isso porque a diretoria tenta encontrar forma de reduzir seu milionário salário, de US$ 165 mil para US$ 60 mil, oferecendo-lhe a prorrogação do tempo de contrato ou liberação do vínculo. Mas o pior é em relação à dívida de US$ 1 milhão, referente a salários e contrato de imagem em atraso.
“Eles querem enquadrar o Pet no novo orçamento do clube, mas ele quer receber o que o clube lhe deve”, avisou o procurador Josias Cardoso.
Sem dinheiro, até o vice-presidente geral do Rubro-Negro, Júlio Lopes, que sempre se mostrou favorável à permanência do craque, deixa transparecer uma ponta de preocupação.
“Complicou um pouco a situação do Pet. Mas isso é igual a casamento e não se pode tomar decisões com a cabeça quente”, disse ele.
Responsável por cortar custos e por toda a parte financeira, o superintendente Walter Srour afirmou que foi um erro deixar Petkovic se reapresentar a sete dias da final, tão importante financeiramente.
“Ele foi contratado quando? Em 2000? Se reapresentou com atraso em 2001? Não tem jeito”, espetou.
Após a cutucada do dirigente, o preparador físico se tirou do fogo cruzado. “O problema é mais técnico do que físico”, completou Marcello Campello.