Goiânia – Depois de ser considerado a revelação do futebol brasileiro em 2001, o meia Kaká é o mais assediado tanto pela torcida na concentração da Seleção Brasileira em Goiânia, onde a equipe se prepara para o amistoso com a Bolívia, na quinta-feira.
Assim que chegou à cidade, ele foi cercado no aeroporto e a imagem se repete toda vez que ele entra ou sai do hotel onde está hospedado o time de Luiz Felipe Scolari.
``Ele é lindo demais. Eu preciso ver o Kaká, sonhei com ele a noite inteira'', berrava, aos prantos, Erica de Oliveira, de 13 anos, na frente do hotel, acompanhada por três amigas.
Aos 19 anos, Ricardo Izecson dos Santos, nome completo de Kaká, encara tudo com muita tranqüilidade. ``Só muda a responsabilidade, que está um pouco maior. Sinceramente, não estou nervoso, a gente está sempre preparado para tudo'', disse o jogador, respondendo a uma das inúmeras perguntas sobre como ele está lidando com essa nova oportunidade.
Kaká primeiro brilhou ao garantir o título do Torneio Rio-São Paulo de 2001 para o São Paulo, marcando os dois gols da final contra o Botafogo-RJ, vencida pelo São Paulo por 2 a 1.
Desde então ele vem arrancando elogios misturando uma imagem de bom moço com um futebol criativo. Alguns chegam a compará-lo com um dos maiores ídolos da torcida tricolor, Raí. ``Procuro tirar bom proveito dessa comparação. É sempre bom ser comparado a gente boa'', disse Kaká.
Com sua primeira convocação para a seleção brasileira principal, ele pode percorrer o mesmo caminho de Ronaldo, que disputou a Copa dos Estados Unidos, em 1994, para ganhar experiência. Na época, Ronaldo, futuro ``Fenômeno'', tinha 17 anos.
``Seria legal disputar uma Copa aos 19 anos. Se for a minha vez, vou ficar muito contente'', afirmou com um sorriso.