Assunção - O presidente da Fifa, Joseph Blatter, disse nesta quinta-feira, em Assunção que a disputa de uma Copa do Mundo em dois países, em referência à da Coréia-Japão, deixará como experiência uma duplicação de despesas e esforços.
"A idéia é muito boa, (mas) muito cara, porque temos o dobro de despesas, vinte estádios no total, dois centros de imprensa, dois comitês de organização e apenas um ingresso", disse Blatter em uma entrevista coletiva.
O dirigente, que participou na capital do 58º Congresso da Confederação Sul-americana de Futebol, declarou que, pelo menos, em questão de finanças, a Federação Internacional de Associações de Futebol comercializou "apenas uma Copa", embora seja jogada em dois países.
Ele acrescentou que no aspecto esportivo, a Copa da Coréia-Japão será muito diferente de todos os torneios disputados até agora, pelos costumes e o clima dos anfitriões, em comparação a qualquer país da Europa ou da América.
"A Copa não pertence a duas regiões do mundo, o futebol é universal e cada um dos países tem o direito de apresentar sua candidatura", disse Blatter, ao justificar o sistema de rotação que irá propor na assembléia de maio.
"Tomamos a decisão definitiva de que a rotação será incluída nos estatutos da Fifa e em 2010 (organizador) será um país da África, porque é o único continente que ainda não a organizou", disse Blatter.
O titular da Fifa explicou que ainda não se chegou a um acordo sobre a forma que será atribuída a rotação dos continentes que receberão a Copa a partir de então e sustentou que se trata de um "tema pendente" que deverá ser resolvido antes da assembléia dos dias 28 e 29 de maio.
Com relação à possibilidade de que a Copa do Mundo seja disputada a cada dois anos, Blatter disse que a idéia "foi definitivamente esquecida, por enquanto", ao declarar que atualmente o órgão está mais interessado nos resultados da aplicação de um calendário harmonizado.