São Paulo - O Corinthians procura um teto para mandar seus jogos no Torneio Rio-São Paulo. Ainda sem poder usar o Pacaembu, o time vai a Piracicaba enfrentar o Etti Jundiaí, domingo. O estádio escolhido, Barão de Serra Negra, porém, não agradou o técnico Carlos Alberto Parreira nem os jogadores.
"A gente tem a informação de que o gramado de lá não está tão bom... O ideal seria jogar no Pacaembu, que é a casa do Corinthians, mas já que não é possível, que joguemos em outro estádio aqui da capital. Podia ser o Canindé mesmo", afirmou o treinador.
O problema é que o vice de futebol do Corinthians, Antonio Roque Citadini, não admite mais pagar aluguel do estádio para os jogos do Timão. O clube repassou 12% da renda do jogo contra o Americano (equivalente a cerca de R$ 10 mil), sábado passado, à Portuguesa, pelo aluguel do Canindé.
A incômoda situação não deve ser resolvida logo. Ontem, a secretária de esportes do município, Nádia Campeão, admitiu que recebeu uma carta do presidente do Corinthians, Alberto Dualib, negando a possibilidade de o time jogar no Pacaembu até que a pendência jurídica entre a prefeitura de São Paulo e a Target Marketing seja resolvida.
Segundo Nádia Campeão, a empresa, detentora dos direitos de exploração da propaganda estática do estádio, ainda precisa pagar uma dívida contraída entre 1995 e 99, quando foi assinado o primeiro contrato com a prefeitura municipal. O caso está sendo discutido na Justiça.
Além disso, a Coca-Cola é um dos principais anunciantes do Pacaembu, o que desagrada à concorrente Pepsi, patrocinadora do Corinthians.