Santiago do Chile - Todo o quadro de funcionários da equipe do Colo Colo foi demitida hoje, sexta-feira, por Juan Carlos Saffie, o administrador de falência que assumiu a administração do clube.
A medida afeta 400 funcionários daquele que já foi o clube esportivo mais poderoso do Chile, mas não os jogadores.
Segundo informou o ex-diretor de Comunicações do Colo Colo, Julio Salviat, os funcionários apresentarão ações para exigir o pagamento de suas remunerações atrasadas e as respectivas indenizações, que serão acrescentada à longa lista de credores.
Apesar das demissões não terem afetado os jogadores, não se descarta que alguns deles apresentem ações contra o clube, já que também estão com seus salários atrasados.
Do total dos funcionários demitidos, 120 deles fazem parte do sindicato da entidade, o que, por sua vez, conta com a assessoria do Sindicato de Jogadores Profissionais (Sifup).
Essas demandas são somadas às ações legais que serão empreendidas nos próximos dias contra o Colo Colo, que deve salários, quitações, prêmios a alguns ex-jogadores.
Entre eles figuram José Luis Sierra, Juan Carlos González e Marcelo Miranda.
Segundo cifras extra-oficiais, o Colo Colo deve mais de 400 milhões de pesos (600.000 dólares) apenas em quitações dos jogadores que abandonaram o clube.
A juíza Helga Marchant, do 22 Juizado Civil de Santiago, declarou a falência do Colo Colo em 23 de janeiro por dívidas não pagas com a empresa Aliança Chilena de Leasing por 59 milhões de pesos (90.000 dólares) de um total de cerca de 400.000 dólares.
O administrador de falência afirmou que parte de sua missão à frente do clube será qualificar se a quebra foi fortuita, culposa ou fraudulenta.
Saffie também insistiu que apesar de sua obrigação ser vender os bens do clube e pagar suas dívidas, sua intenção é sanear a situação e salvar o clube.