São Paulo - O Corinthians tem a melhor defesa do Torneio Rio-São Paulo – ao lado do Santos com quatro gols – e não tem com o que se preocupar, certo? Errado! No empate em 2 a 2 contra o Etti, o sistema defensivo mostrou problemas com o rápido ataque do time de Jundiaí e escapou da derrota por pouco.
Na semana passada, o técnico Carlos Aberto Parreira chegou a parar um treino coletivo para mostrar como a defesa deveria se posicionar em um contra-ataque.
No lance que mereceu uma bronca do treinador, a bola foi roubada no meio-campo e lançada para o atacante Leandro, que ganhou na velocidade de Scheidt e ia sair na cara do gol quando Parreira interrompeu a jogada e mostrou à dupla de zaga como eles deveriam estar posicionado para não serem surpreendidos. Lance parecido com o segundo gol Etti, no último domingo, só que desta vez o treinador não pôde parar o contra-ataque do Galo da Japi.
Para o zagueiro Scheidt, o time ainda está se adaptando ao esquema de Parreira e vai ter de trabalhar muito para corrigir as falhas. "Nós tivemos alguns erros de posicionamento, principalmente nas jogadas de contra-ataques. É o começo de um trabalho e tenho certeza que isso será corrigido logo, e a defesa e o meio-campo irão se acertar."
E é isso que Parreira está tentando fazer. Compactar a defesa e o meio-campo, principal característica das equipes que dirigiu. "A falha não é só da defesa. Um time que precisa ganhar como o Corinthians tem de jogar adiantado, no campo do adversário e com isso a zaga fica exposta", comentou Parreira, que quer ver o volante Fabrício mais fixo no meio, sem sair para o ataque.
"Um time que eu dirijo não pode deixar o adversário ter 30 chances de gol", disse, referindo-se as chances que o Etti Jundiaí teve na partida.
Para o volante Vampeta, a equipe teve problemas, mas poderia ter vencido o jogo. "Depois que nós empatamos, tivemos várias chances para ampliar o placar", afirmou.