Milão (Itália) - O atacante uruguaio Alvaro Recoba, do Inter de Milão, defendeu nesta quarta-feira que os jogadores parem de jogar e voltem aos vestiários quando a torcida cantar músicas racistas.
"Durante os hinos racistas nos estádios eu pararia e voltaria aos vestiários. Mas há muitos interesses que impedem de fazer estas coisas", disse Recoba, em uma visita a uma escola, "castigo" que cumpre em conseqüência de seu passaporte falso da UE.
"Também se poderia deixar de fora dos estádios os torcedores responsáveis por esses hinos e convidá-los a não voltar a fazê-lo. Mas o protesto mais eficaz seja só nosso, dos jogadores; (que todos fiquem) nos vestiários, enquanto os auto-falantes anunciem aos torcedores que parem de cantar ou não haverá mais jogo", acrescentou.
Recoba foi nesta quarta pelo segundo dia consecutivo dar "lições" para cerca de 200 estudantes de idades entre 11 e 14 anos.