Roma - O processo no qual estão envolvidos o zagueiro brasileiro Cafu e o presidente e proprietário do Roma, Franco Sensi, na investigação da Procuradoria de Roma por suposta irregularidade nos passaportes de jogadores desse time, foi adiado para o dia 2 de abril.
Além de Sensi e Cafu, entre os investigados estão a mulher de Cafu, Regina Feliciano, e o zagueiro brasileiro Aldair, o ex-jogador do Roma, o argentino Gustavo Bartelt e seus pais; o cônsul de Buenos Aires, Andrea Meloni.
A Procuradoria acusa Sensi e Cafu de suposta manipulação dos documentos de Vicente Mauro, de João Mauro e de Ana Mauro, descendentes diretos e avôs italianos da mulher de Cafu, Regina Feliciano, graças a qual o zagueiro conseguiu a sua naturalização.
Segundo a procuradoria, as investigações feitas no Brasil revelaram que Vicente Mauro era diferente de Vincenzo Domenico Mauro, que foi avô da mulher de Cafu.
Bartelt também é acusado de manipulação de uma certidão de nascimento da mãe de Marta Merino, ou seja, de sua avó.
No total são 19 envolvidos, a cujos defensores o juiz Claudio Tortora concedeu nesta terça-feira, alguns dias para que consultem algumas listas telefônicas relativas às ligações entre o presidente Sensi e pessoas na Argentina, e que foram entregues pelo procurador Silverio Piro.
No tribunal, estava presente Bartelt, que disse o seguinte sobre seu passaporte da UE: "Não sei de nada. Eu o recebi de um 'manager' do Roma. Tudo foi feito na Argentina quando eu estava na Itália e não assinei nada. Sabia que tinha antepassados italianos, mas me interessei no caso só quando tudo foi divulgado. Antes não sabia quem eram nem onde estavam".
Bartelt disse que espera voltar a jogar em breve: "Nos últimos dias pedi o 'transfer' da Espanha. Em março acaba minha suspensão. Estou bem, pronto para voltar, mas preferia fazê-lo depois que tudo fosse esclarecido e que toda a verdade aparecesse".