Diogo Finelli
Belo Horizonte - O lateral-esquerdo argentino Juan Pablo Sorín completa neste sábado 100 jogos com
a camisa do Cruzeiro ao enfrentar o Internacional, às 16h, em
Porto Alegre. O jogador já marcou 15 gols em 99 jogos.
Ele está praticamente confirmado pela seleção da Argentina para
disputar o Mundial deste ano, na Coréia e no Japão. A grande dúvida
da torcida cruzeirense é em relação a uma possível venda do jogador.
Na última quarta-feira, diretores da Lazio, da Itália, se reuniram em
São Paulo com representantes do Cruzeiro e da Hicks Muse, parceira do
clube mineiro. A reunião teve como pauta a oferta de U$ 7 milhões dos
italianos por Sorín, proposta que foi recusada por Cruzeiro e Hicks.
Por outro lado, o presidente da
Lazio, Sergio Cragnotti, em seu retorno ao país, disse que aumentou
sua proposta pelo jogador, e que Sorín poderia ser do clube italiano
em breve. O dirigente italiano teria oferecido U$ 10
milhões para levar o atleta.
Quando comprou Sorín do River Plate, o Cruzeiro pagou U$ 5
milhões. O passe do jogador é dividido em partes iguais entre
Cruzeiro e Hicks Muse. O contrato do lateral com o clube mineiro vai
até 2004, quando Sorín ganha o passe livre, podendo se transferir
para qualquer clube.
Sorín pode estar sendo personagem de um "racha" entre Cruzeiro e
Hicks Muse. O grupo de investimentos norte-americano busca um retorno
financeiro para cobrir os gastos no futebol brasileiro com Cruzeiro e
Corinthians, e a venda de Sorín por U$ 10 milhões garantiria à Hicks
um rendimento de 100% no valor pago pela empresa ao jogador. A Hicks
Muse gastou U$ 2,5 milhões, uma vez que o passe de Sorín foi dividido
com o Cruzeiro, e a venda pelo valor revelado por Cragnotti, da
Lazio, daria ao parceiro do Cruzeiro cerca de U$ 5 milhões.