Mali - O técnico de Camarões, Winfried Schafer, estará presente no banco de reservas de sua equipe na final da Copa das Nações Africanas, contra o Senegal, no domingo.
Schafer conseguiu um recurso contra a suspensão de uma partida, depois de ter sido acusado de insultar o comissário Said Belkhayat, de Marrocos, durante um tumulto na semifinal de quinta-feira.
Outro recurso será julgado pela Confederação Africana de Futebol (CAF), contra a suspensão de um ano do treinador de goleiros Thomas Nkono.
As punições foram anunciadas pela CAF na sexta-feira, depois de um curioso incidente que precedeu a semifinal contra Mali, onde Nkono foi algemado e agredido pela polícia.
Testemunhas afirmam que Nkono, goleiro de Camarões nas Copas de 1982 e 90, estava à beira do campo, conversando com membros da equipe, quando foi abordado pela polícia. Ele foi arrastado para fora do campo, chutando e gritando furiosamente, enquanto mostrava as algemas à imprensa internacional.
Quando Nkono foi liberado e retornou ao vestiário de Camarões, Schafer recusou-se a prosseguir com a partida. Foi necessária a intervenção de diretores da CAF para que a semifinal acontecesse, com vitória dos camaroneses por 3 a 0.
O presidente de Mali, Alpha Oumar Konare, desculpou-se pelo incidente, mas o secretário-geral da CAF, Mustapha Fahmy, informou no sábado que Nkono não carregava a credencial adequada e elogiou a ação da polícia.
A CAF suspendeu Nkono por um ano, muito embora a suspensão não se aplique à Copa do Mundo de Japão e Coréia do Sul.
Além do tumulto que resultou nas suspensões de Nkono e Schafer, a semifinal foi marcada por uma briga em frente ao centro de imprensa do estádio, envolvendo membros da comissão técnica camaronesa e a polícia. A confusão começou quando um policial tentou agarrar uma sacola que pertencia ao médico de Camarões no momento em que os visitantes desciam do ônibus.