Berlim - A Alemanha está sendo forçada a entrar em campo contra Israel na quarta-feira com uma equipe praticamente reserva. Este será o primeiro encontro das duas seleções na Alemanha.
O maior desfalque é o meio-campista Michael Ballack, nome certo entre os titulares. Ballack soube esta terça-feira que não poderá jogar, por causa de uma contusão na coxa.
O técnico Rudi Voeller tem mesmo uma grande dor de cabeça para a partida. O meio-campista Marco Bode, do Werder Bremen, ainda é dúvida e outros dez selecionáveis estão afastados por contusão ou doença.
O jogo de quarta é o primeiro de seis amistosos da seleção alemã, que tenta ajustar uma equipe que sofreu para se classificar para a Copa. Voeller encara os problemas como uma oportunidade de observar novos jogadores e estilos.
``Você pode usar uma partida como essa para tentar coisas diferentes. Não adianta reclamar. Isso também pode acontecer na Copa do Mundo'', comentou.
O dinamarquês Richard Moeller Nielsen, técnico de Israel, chamou o atacante Pini Balili no domingo, para substituir o contundido Avi Nimni.
Balili, do Hapoel Tel Aviv, tem apenas 21 anos e retornou aos campos no mês passado, quando uma suspensão de dois anos, por envolvimento num escândalo sexual, foi reduzida pela metade.
O armador Eyal Berkovic, que se machucou no domingo, foi cortado do elenco.
Israel, que não se classificou para a Copa do Mundo, espera conseguir um lugar na fase classificatória para o Campeonato Europeu de 2004.
``Claro que meus jogadores querem surpreender aqui, fazer o impossível'', afirmou Nielsen.
Alemanha e Israel só se enfrentaram duas vezes, ambas em Tel Aviv. Em 1987 a Alemanha venceu por 2 a 0. Dez anos depois os visitantes voltaram a vencer, 1 a 0, com gol do estreante Dariusz Wosz.
O jogo, originalmente marcado para Israel, foi transferido para Kaiserslautern por preocupações com a violência em Israel. A segurança será reforçada, com detectores de metal e escolta especial para os visitantes, dentro e fora do estádio.
O jogo também dará uma chance à Alemanha de experimentar a bola oficial da Copa do Mundo, que recebeu críticas por ser muito pequena.