Rio - As justificativas pela campanha medíocre do América no Rio-São Paulo estão na ponta da língua dos dirigentes do clube.
Time montado em cima da hora, falta de entrosamento e pouco dinheiro já foram apontados como as explicações para um time que ocupa a lanterna do torneio, que tem a defesa mais vazada e cujo ataque passou em branco em cinco partidas.
No entanto, um fator extra-campo vem sendo apontado como o grande motivo pelo fracasso. “Demoramos muito para conseguir uma unidade na diretoria. Só agora conseguimos, com um terço do campeonato já passado. Agora vivemos o drama de ter que fechar a contratação de reforços até sexta-feira, prazo-limite para as inscrições na competição”, lamentou o vice-presidente geral Heráclio Schiavo, que vem liderando as negociações juntamente com o presidente José Roberto Justo e o vice-presidente de futebol Antônio Tavares.
Mazinho, até então reforço dado como certo pelos diretores, não será mais contratado. Alega-se o alto pedido do jogador e a demora para uma resposta. “Ele já é uma carta fora do baralho. O América não quer mais o Mazinho”, decretou Tavares.
“A negociação com Mazinho ficou muito difícil. Vamos esperar, mas já temos um outro nome para substituí-lo”, confirmou Schiavo.
A diretoria anunciou a contratação do lateral-direito Marco Antônio Ayupe, ex-Vasco e Grêmio, e que estava sem clube. “Ayupe foi indicado por um amigo, que me disse que ele está bem fisicamente. Ele vai dar experiência à nossa jovem equipe”, disse Tavares.