Rio – O lateral/volante Jorginho chegou ao Fluminense após conseguir se livrar do Vasco na Justiça, e não pensa em aposentadoria.
Você já pensou na hora de parar de jogar futebol?
Jorginho: Estou sempre me avaliando, mas tenho um projeto. Quero chegar aos quarenta, mas só se estiver bem, sem paranóia. Não quero dar prejuízo, roubar clube nenhum. Se for para me machucar toda hora, eu paro.
O que representa esta experiência no Fluminense?
Jorginho: Vencer num novo clube, num lugar diferente, é uma motivação nova, um combustível. Ter recuperado a forma e estar brigando por uma vaga me anima. No dia-a-dia, vejo que tenho condições. Não jogo mais para provar alguma coisa a alguém. Jogo por prazer, por paixão pelo que faço. Acho que é o mesmo caso de jogadores como Bismarck e Mauro Galvão.
O que você pode passar para os mais jovens do elenco?
Jorginho: O jovem, muitas vezes, é afobado. A experiência ensina você a se comportar em cada situação.
O ambiente no Fluminense é muito diferente do que você encontrou no Vasco?
Jorginho: Aqui encontrei um grupo amigo. Até quem fica no banco está satisfeito. Havia amizade no Vasco, apesar dos problemas sérios que a gente enfrentava. Só que lá eu me decepcionei com profissionais que estão há tanto tempo no futebol e, na forma de dirigir o clube, ainda agem como amadores. Só que na hora de se aproveitar do futebol, deixaram de ser amadores há algum tempo.