Santiago - Juan Carlos Saffie, designado pela Justiça para administrar o quebrado clube chileno Colo Colo, confirmou seu propósito de vender a instituição após sanar suas finanças.
O processo poderá durar entre um e dois anos, pois requer a transformação do clube, que atualmente é uma corporação sem fins lucrativos, em uma sociedade anônima, disse Saffie em uma entrevista publicada neste sábado pelo jornal "El Mercurio".
Saffie assumiu como administrador do Colo Colo no dia 25 de janeiro, designado por um tribunal de Santiago que previamente acolheu a solicitação de quebra apresentada por um dos credores do clube.
Além da saída de vários jogadores, entre eles o artilheiro Héctor Tapia e o goleiro uruguaio Claudio Arbiza, que rejeitaram a diminuição de salários planejadas pelo administrador como opção de sobrevivência, a quebra precipitou uma crise da diretoria que culminou com a renúncia do presidente, Peter Dragicevic, e sua substituição por Carlos Riutort.
O administrador, que convocou para o próximo dia 4 de março a Junta de Credores, com o fim de negociar a forma de pagamento das dívidas do clube, explicou que o Colo Colo ainda funciona como clube de futebol e que participará do torneio que começa neste fim de semana.
Acrescentou que a prioridade é obter recursos para que continue funcionando, e a médio prazo, fortalecer a instituição, mostrar que pode ser viável e rentável, para interessar investidores.
"A idéia é vendê-lo saneado no mercado de ações", disse Saffie, que acrescentou que se a gestão fracassar, a única alternativa será vender os ativos, pagar o que puder aos credores e acabar com o Colo Colo.