São Paulo - O presidente da Portuguesa, Manuel Gonçalves Pacheco, da Portuguesa, se disse surpreso ao saber da demissão de Candinho.
Ele contestou as declarações que o técnico deu em entrevista coletiva logo após a derrota por 4 a 1 para o Corinthians, e disse acreditar que o técnico tem proposta de outros clubes.
“Nós temos que falar com eles amanhã cedo. Tenho que analisar bem, o porque dessa história do Candinho. Tenho a impressão de que ele tem a proposta de alguém. Não é uma derrota para o Corinthians que faria ele levar essa decisão. Já levou diversas derrotas para o Corinthians”, falou o dirigente.
Ao contrário do que o técnico afirmou, Pacheco garante que não foi avisado da decisão na manhã deste domingo, antes do jogo. Para o dirigente, Candinho mentiu na coletiva.
“Eu ouvi algumas declarações que não condizem com a realidade. Não havia nada acertado entre diretoria e comissão técnica. Conversei com Antonio Abel Duque, diretor de futebol, antes do jogo. Ele ouviu algum comentário de que o Candinho iria realizar o último jogo, mas não foi nada oficial. Só fiquei sabendo quando chegamos ao Canindé. O Candinho me confidenciou que iria sair. Pedi a um dos diretores para conversar, para ver a reação dele. Ele disse que estava tudo bem, mas após o jogo ouvi que ele entregou o cargo”, explicou Pacheco.
O dirigente ficou irritado com as acusações de Candinho de que o time "é no máximo competitivo". “Todos os jogadores que nós trouxemos para o Canindé foram indicações dele, inclusive o chileno Uribe. Ouvi os comentários de que não teríamos trazido outros jogadores. Ele não havia solicitado! O último que ele pediu foi o Uribe, que só ele e o Trevisan conheciam”, protestou.
Quanto à possibilidade de Candinho ter pedido demissão por causa de salários atrasados, hipótese levantada no Canindé, o dirigente foi direto. “Ele nunca reclamou disso. Realmente, devemos 3 meses de salários para ele, que já estavam atrasados quando assumimos. Para os jogadores são 5 meses, mas foi feito um acordo de que nós pagaríamos tudo. Além de estar pagando em dia agora, combinamos que liquidaríamos todas as dívidas no máximo em 90 dias”, disse o dirigente.