Rio - A defesa rubro-negra é a segunda pior do Torneio Rio-São Paulo, com 20 gols, e o ataque vem deixando a desejar. Neste misto de incompetência, após a derrota para o São Paulo, os jogadores que formam os setores entraram em rota de colisão.
Autor de um gol, o meia/atacante Juninho é o primeiro a alertar sobre as falhas defensivas: "É possível ganhar. Mas o ataque faz o melhor e a gente sempre leva gol"
O troco vem a jato. O cabeça-de-área Leandro Ávila diz que é impossível segurar o resultado diante de tantos erros de conclusão. "Não adianta só correr. Temos que traduzir em gols as chances. Não tem como segurar. A gente leva e não faz gol", rebate.
Único ovacionado pela torcida, o goleiro Júlio César evita culpar algum companheiro, mas coloca em xeque a preparação-física. "Tem que ver quem merece vestir a camisa do Flamengo, pois não entramos em campo em 2002. Essa tempestade vai passar. Não podemos levar tantos gols. Pode ser questão física", afirma.
Companheiro de sistema defensivo, o zagueiro Fernando que deixou o gramado com dores na coxa esquerda, não gosta dos comentários do goleiro Júlio César e afirma que o momento é de reflexão. "Ele tem que ver o que fala, pois não tem certeza das coisas", devolve.
Já o técnico João Carlos divide as responsabilidades em nome da paz. "Todos são responsáveis. Até o garoto de 17 anos", afirma.