São Paulo - Ele é escuro e rajado de branco. É menor que um pernilongo comum e ataca durante o dia. Você, certamente, já ouviu falar dele neste ano. O Aedes aegypti, mais conhecido como o "mosquito da dengue", é o maior temor e o principal inimigo do Corinthians, esta quarta-feira, em Campos, interior do Rio, onde o time enfrenta o Americano, pela Copa do Brasil.
Não que o Americano seja merecedor de desprezo, mas a epidemia de dengue que se espalhou pelo país, principalmente no Estado do Rio, fez com que o clube abastecesse o avião de repelente para encarar a viagem. "Essa questão não é mais fantasia, é realidade. Até o exército está dando sua contribuição no combate ao inseto. Temos de estar preparados para esse tipo de coisa", afirmou Parreira.
Segundo dados da Fundação Nacional de Saúde, o Estado do Rio de Janeiro é o recordista de casos. Lá foram registrados aproximadamente 13 mil em janeiro – o que representa quase metade do total no país. Desses, 214 foram da dengue hemorrágica, a variação mais grave. Onze pessoas morreram em todo estado.
Os dados assustam. São motivos de preocupação, mas, para alguns, não pode atrapalhar a ascensão do Corinthians. O time venceu os últimos quatro jogos, dois deles contra o River-PI, pela Copa do Brasil. "Não podemos ficar nos preocupando com outras coisas. Nada vai impedir o Corinthians de decolar agora", afirma Vampeta, que voltou a jogar bem depois de uma passagem fracassada pelo Flamengo.
"Mesmo porque se algum mosquito nos picar é capaz de ele ficar ruim... Nossa saúde é de ferro e está cada vez melhor", brinca o volante.
Além de um estoque de repelente, os jogadores recebem a recomendação de não se distanciarem do hotel. Passar longe de caixas-d'água, pneus e jarros abandonados também é recomendável. Tudo contra o Aedes aegypti, o inimigo número 1.