Rio - Petkovic está de volta ao Flamengo como antes de embarcar à Espanha: mal-humorado e longe da forma física ideal. Apesar de ter participado de apenas 50% dos treinos em 2002 e não saber o que é uma pré-temporada inteira, o iugoslavo retorna, involuntariamente ou não, dando troco no diretor-técnico Carlinhos, que disse, na quarta-feira, que suas regalias atrapalham a união do elenco.
“Me diga que vantagem eu tenho? Nunca aconteceu de voltar dez dias depois. Regalia de quem? Se voltasse um mês depois seria meu direito, mas sempre penso no Flamengo, em cumprir as minhas obrigações. Se isso incomoda a quem não decide, também não me interessa”, rebate.
Ele, no entanto, ameniza a polêmica. Petkovic diz que soube da volta de Carlinhos, a quem cumprimentou em sua chegada, na hora do almoço, e rasga seda ao considerá-lo um verdadeiro bombeiro rubro-negro.
“Soube no avião quando voltava da Espanha do retorno dele. Nós nos cumprimentamos. Quando o Fla tem problemas, ele sempre volta. Tomara que nos ajude de novo”, torce.
Escorregadio sobre sua presença em campo contra o Santos, Petkovic afirma ter realizado dois treinos na Espanha e, além disso, diz que preparação-física nunca é problema.
“A vontade de todo o jogador é estar em campo. Não sou vidente. Estou colaborando com o Flamengo há dois anos. E condição física nunca foi problema”, afirma Pet, que na maioria das reapresentações mostrou-se acima do peso e do percentual de gordura.
Pet, que fez apenas treino físico com Marcelo Pontes, não quis comentar as declarações do ex-vice-presidente de futebol do Flamengo, Mário César Monteiro, que o suspendeu por dez dias e disse que ele mandava na Gávea por ter até imposto a contratação do zagueiro Flávio.
“Ele está aqui? Então não merece a minha resposta”, ironiza.