Assunção - A Associação de Treinadores de Futebol do Paraguai fez uma solicitação ao Ministério do Interior para que o técnico da seleção paraguaia, o italiano Cesare Maldini, seja expulso por ter violado as leis de imigração do país.
De acordo com o presidente da associação, Darío Núñez, Maldini entrou no Paraguai com visto de turista, mas assinou contrato de trabalho com a Associação Paraguaia de Futebol (APF) de seis meses para dirigir a seleção na Copa do Mundo. Segundo Núñez, o técnico receberá 750 mil dólares no total pelo serviço. A notícia foi publicada no "site" Fifa World Cup.
O vice-presidente da Associação Paraguaia, Antonio Colmán, afirma, porém, que o visto de trabalho foi concedido ao treinador pelas autoridades federais em janeiro.
“A denúncia não tem fundamento”, disse Colmán.
Além de Maldini, Núnez acusa outros profissionais estrangeiros que trabalham no Paraguai de estarem em situação irregular. Entre eles, o auxiliar de Maldini, o italiano Giuseppe Dossena; os argentinos Nery Pumpido, técnico do Olimpia, e Gerardo Martino, treinador do Libertad; o jogador colombiano Albeiro Usuriaga, do Sportivo Luqueño; e o argentino Gabriel Macaya, preparador físico da seleção paraguaia.
“De todos os estrangeiros, somente Pumpido nos telefonou para nos pedir ajuda para conseguir o visto de trabalho. O resto está violando a lei”, reafirmou o presidente da associação de treinadores.
Segundo a APF, Maldini está em Milão acertando detalhes para os amistosos que o Paraguai jogará contra a Noruega (março), Inglaterra (abril) e Suécia (maio). Na Copa do Mundo, os paraguaios estão no grupo 2 e jogarão na primeira fase contra África do Sul, Espanha e Eslovênia.