Rio - Alvinegro fanático desde criança, Fabiano costumava acompanhar as partidas do time no Maracanã e em Marechal Hermes. Como naquela época o Botafogo ainda não havia arrendado o Estádio Caio Martins, ele nunca assistiu a um jogo lá. Na sexta-feira, porém, o capitão da equipe deixou o campo e subiu a arquibancada do estádio para matar as saudades da época de torcedor.
Neste domingo, às 16h, inúmeros alvinegros como ele deverão lotar o Caio Martins para ajudar o Botafogo a reencontrar o caminho da vitória contra o Jundiaí.
"Essa minha paixão pelo Botafogo nasceu graças ao padrinho do meu irmão e a vários amigos de infância. Meu pai, Adolpho, era Flamengo e minha mãe, Lídia, era Fluminense. Mas não demoraram a mudar de time quando viram o meu fanatismo", lembrou Fabiano.
Aos 15 anos, Fabiano, que morava em Olaria, começava a realizar o sonho de jogar no clube do coração. Seus ídolos na infância eram Marinho e Mendonça, mas logo passou a admirar o futebol de Alemão, com quem jogou na sua estréia como profissional, em 85. E adivinhem só quem o lançou?
"Tinha 18 anos quando o Abel me escalou para jogar contra a Portuguesa da Ilha, em Marechal Hermes. Naquele Estadual, ainda joguei contra o América, no Maracanã".
Fabiano tem bem fresco na memória o motivo pelo qual levou Abel, que iniciava a carreira de técnico, a optar por um menino da equipe de juniores.
"Entrei porque o meia Renato e o centroavante Petróleo tinham se machucado e Abel teve que mexer no time", relatou.
Hoje, 17 anos depois, Fabiano tem o privilégio de ser o capitão do Botafogo, paixão de sua vida.