Rio - Se para a torcida do Fluminense ganhar um título no ano do centenário virou questão de vida ou morte, o presidente do clube, David Fischel, não pensa da mesma forma. Para ele, não há nada de anormal na má fase do time.
O dirigente admite ter discordado da entrada de torcedores no vestiário das Laranjeiras e diz não ter previsão para colocar em dia os salários.
Caso a situação não se normalize no início do próximo mês, o clube tem a opção de romper a parceria com a UFA Sports Sulamérica.
Pressão no time
A torcida está criando uma tensão que não é boa para ninguém. Não é por estarmos no ano do centenário que somos obrigados a conquistar um título. Ele não tem que vir, necessariamente, neste ano. Estamos trabalhando e título é conseqüência. Se Deus quiser, vamos ganhar, mas não adianta criarem uma obrigação demasiada.
Torcida no vestiário
A entrada dos torcedores no vestiário para se reunir com os jogadores foi uma coisa que ficou mal organizada. Tudo poderia ser feito de outra forma. Mas acabou não sendo tão ruim, já que ninguém partiu para atos de violência e a educação foi mantida. O que não pode é os jogadores serem vítimas de violência.
Torcida x Oswaldo
Os torcedores às vezes, e em todos os clubes, parecem fazer tipo. Esse negócio de vaiar técnico está se generalizando, não é exclusivo no Fluminense. Em todo lugar estão vaiando os treinadores. Oswaldo é o nosso técnico.
Problemas financeiros
É claro que ir mal na Copa do Brasil e no Torneio Rio-São Paulo trará conseqüências ruins para o clube. Seriam prejuízos graves. Hoje em dia, todas as competições do país estão se verticalizando. Ou são interligadas com outros torneios ou têm cotas que crescem de acordo com a passagem de uma fase para outra. Por exemplo, se o time não conseguir ficar entre os seis primeiros do Rio-São Paulo, não chegará à Copa dos Campeões. Esta competição tem cotas muito altas e, para piorar, ficaríamos um mês com o time parado. Isto sem contar o período da Copa do Mundo.
Salários atrasados
Não vou dar uma previsão aos jogadores por falta de certeza de quando vamos poder pagar os atrasados ao grupo. Estamos devendo os direitos de imagem do mês de dezembro, além dos salários de janeiro. Não gosto de fazer promessas sem saber quando será possível colocar tudo em dia.