Rio - Sem poder utilizar Luís Mário por causa de uma caução fixada pela Justiça do Trabalho, o Grêmio se prepara para trocar de lado: vai pedir que se faça o mesmo em relação ao zagueiro Marinho, na audiência desta quinta-feira na 4ª Vara da Justiça do Trabalho, em Porto Alegre.
Para impedir que Luís Mário se transferisse de graça para o Grêmio, o Corinthians conseguiu no Tribunal Superior do Trabalho, TST, a fixação de uma caução, até o que o mérito da ação seja julgado. Estabelecido em R$ 8 milhões, o valor a ser pago por Luís Mário se quiser jogar por outro clube foi depois reduzido para R$ 4,5 milhões.
Ao encerrar seu contrato com o Grêmio, em dezembro, Marinho se julgou livre e assinou outro com o Besiktas, da Turquia. Ficou lá um mês e rescindiu o compromisso, alegando falta de adaptação. Atualmente, treina sozinho em Campinas.
O advogado do Grêmio, Homero Bellini Jr., vai usar o texto do presidente do TST, Almir Pazzianotto, em que este justifica a fixação da caução no caso Luís Mário. E pedirá que o valor seja estabelecido em R$ 5,4 milhões. Se o advogado conseguir isso, Marinho só poderá defender outro clube se depositar esse dinheiro nos cofres do Tricolor. A alternativa: esperar o desfecho da ação. Bem como no caso Luís Mário.
Só que um dos advogados de Marinho, Eduardo Knijnik, não vê tantas semelhanças entre as duas pendengas. “Não acredito em fixação de caução. Marinho já não tinha qualquer vínculo com o Grêmio quando deixou o clube. Nem mesmo um contrato de imagem existia, como ocorre no caso do Luís Mário.”
O atacante Luís Mário continua treinando no Olímpico, mas sem receber salários até que a ação judicial chegue ao fim, como reza uma cláusula de seu contrato. Outra cláusula isenta o Grêmio de qualquer responsabilidade, caso o contrato tenha que ser rescindido.