São Paulo – Mesmo jogando mal, o Fluminense venceu o Paysandu por 2 a 1, de virada, nesta quarta-feira à noite, no estádio da Curuzu, em Belém, pela 2ª rodada da Copa do Brasil.

Com o resultado, o Fluminense se classifica à próxima fase da Copa do Brasil mesmo com uma derrota por 1 a 0 no jogo de volta, dia 6 de março, no Maracanã. O Paysandu precisa vencer por dois gols de diferença - ou um gol a partir do placar de 3 a 2 - para ficar com a vaga.

O Paysandu iniciou o jogo querendo comprovar a fama de "imbatível" em seu estádio. O cartão de visita foi dado por Gino, logo aos 3 minutos de jogo, em uma cobrança de falta que passou rente à trave.

Acuado, o Fluminense - com três marcadores no meio-campo - assistia o domínio ofensivo do time local. Aos 4, o primeiro susto: Vandick chutou no travessão e, no rebote, Lecheva chutou para fora.

Pressionando, o gol do Paysandu não demorou a sair: aos sete minutos após cruzamento da esquerda, Zé Augusto desviou de cabeça e Valdomiro completou para o gol.

Sem conseguir criar boas jogadas de ataque e sendo envolvido pelo adversário, o Fluminense abusava da violência. O time recebeu quatro cartões amarelos na primeira etapa e parava as jogadas com faltas. Em uma delas, por pouco o Paysandu não ampliou o placar. Vânderson chutou da intermediária e o campo molhado quase complicou o goleiro Murilo. O Paysandu, no embalo ofensivo, também cometia diversas faltas.

Sem condições de sair jogando pelo meio-campo, o time do Fluminense só conseguia chegar ao campo adversário pelas laterais. E na primeira investida, o time carioca foi feliz. Aos 16, Paulo César cruzou da esquerda e Régis cabeceou para empatar a partida.

E dois minutos depois, o Tricolor perdeu a chance de virar a partida, quando Marcão não alcançou a bola tocada por Roger.

Com o placar desfavorável, o Paysandu continuou a pressionar o Fluminense que - faltas à parte - passou a se posicionar melhor em campo. A equipe paraense, entretanto, continuava superior e merecia ter saído vitorioso na primeira etapa.

O meia Luiz Fernando, com seus cruzamentos na área adversária, foi o grande nome do time. Aos 20, ele obrigou Murilo a tirar de soco uma bola da área; aos 22, ele colocou a bola na cabeça de Zé Augusto, que mandou para fora; aos 35, em lançamento, Luiz Fernando dividiu com o goleiro do Flu.

A grande chance de gol, porém, surgiu nos pés de Vandick, que atravessou toda a intermediária, deslocou Murilo, mas chutou para fora, para sorte do Fluminense que foi para o intervalo com o empate.

Para tentar diminuir a pressão do Paysandu, o técnico Oswaldo de Oliveira fez uma modificação no intervalo: trocou o inoperante Jorginho por Paulo Isidoro. A tônica do jogo foi a mesma da etapa inicial: pressão do Paysandu e jogo violento.

Na primeira vez em que tocou na bola, Roger fez falta feia em Gavião. Gino poderia ter feito o segundo gol do time da casa, após sofrer falta na intermediária.

Apesar do domínio territorial, o Paysandu teve menos eficiência do que no primeiro tempo. A primeira jogada perigosa foi feita por Lecheva, que desceu pela direita e conseguiu um escanteio após cruzamento. Aos 14, Sérgio pegou um rebote da defesa e chutou longe do gol.

Vendo que o Paysandu já não era a equipe perigosa que se mostrava, o Fluminense passou a arriscar jogadas de ataque a partir dos quinze minutos. Roger e Paulo César eram os responsáveis pela armação das jogadas. Aos 17, Roger avançou até a linha de fundo e cruzou para trás. Ninguém completou para o gol. Aos 25, o meia tabelou com Paulo Isidoro e chutou para fora, desperdiçando boa chance. Aos 33, quase aconteceu a virada: cruzamento da esquerda e Magno Alves cabeceou em cima do goleiro Róbson.

O gol da vitória, entretanto, só surgiu aos 48 minutos, quando Júlio César cruzou na área, o goleiro Róbson falhou e Paulo Isidoro marcou.