Zurique - Os encarregados de promover a campanha de Joseph Blatter foram acusados de comprar os votos necessários para que o atual presidente da Fifa vencesse as eleições, em 1998, segundo revelou o jornal britânico "The Daily Mail".
O presidente da Federação de Futebol da Somália e vice-presidente da Confederação Africana de Futebol (CAF), Farah Addo, levantou a polêmica ao revelar que os simpatizantes de Blatter chegaram a lhe oferecer US$ 100 mil em troca de seu voto.
“Todos os membros da CAF já haviam decidido dar seus 51 votos a Lennart Johansson, da Uefa. Então recebi uma ligação do embaixador da Somália, que disse: "Tenho um amigo que você conhece que quer oferecer cem mil dólares pelo seu voto", revelou Addo.
Ainda segundo o jornal, dois meses após a eleição de Blatter, a Federação da Somália organizou um congresso extraordinário, onde os diretores se confessaram culpados por terem participado do esquema e aceitado o suborno.
O dinheiro usado para a compra de 18 votos, dos cinco continentes, teria sido administrado por Mohamed Bin Hamman, membro do comitê executivo da Fifa, que negou as acusações.
Alarmado com as declarações, o departamento de comunicação da Uefa divulgou uma nota pedindo que sejam esclarecidas tais denúncias. "São acusações muito graves que têm de ser analisadas. Será preciso fazer uma investigaçào para comprovar o atual estado financeiro que atravessa a Fifa e este deve ser o tema a ser tratado em uma reunião extraordinária que o comitê executivo deve realizar na próxima semana" disse a nota.
Em principio, as próximas eleições para a presidência da Fifa, quando Blatter concorrerá à reeleição, deverão ser realizadas no final de maio.