Tóquio - Os países da Ásia devem provar que merecem outra vaga em Copas do Mundo com uma boa apresentação no Mundial deste ano, que começa dia 31 de maio na Coréia do Sul e no Japão, disse na quarta-feira o presidente da Fifa, Joseph Blatter.
Blatter também revelou que está trabalhando para garantir que a Oceania tenha direito a uma vaga automática. A Austrália, que domina o continente, não consegue chegar a uma Copa do Mundo desde 1974.
Além dos dois anfitriões, a Ásia estará representada na Copa por mais dois países: Arábia Saudita e China. O Irã perdeu sua vaga para a Irlanda em uma repescagem em novembro.
``Espera-se muito das equipes da Ásia, que estão jogando em casa. O desempenho deles vai pesar bastante para que tenham mais vagas para a Copa do Mundo de 2006, na Alemanha'', disse Blatter.
Porém, o presidente indicou a possibilidade de a Oceania ser premiada com a vaga disponível, depois que a Fifa anunciou que o campeão de 2002 terá que disputar sua vaga na Copa seguinte.
``A Oceania não tem vaga automática em Copas do Mundo. Deveria ter e eu vou trabalhar para isso'', disse Blatter. ``Se a Ásia ou a África quiserem mais uma vaga vão ter que lutar em campo e politicamente para encontrar um argumento forte o suficiente para que possam pedir mais lugares.''
A Ásia teve quatro times na Copa de 1998, na França, depois que o Irã conseguiu se classificar batendo a Austrália na repescagem.
A Austrália também perdeu a vaga na repescagem para a Copa deste ano para o Uruguai, em novembro. Em 1986 a Austrália perdeu a disputa com a Escócia e em 1994 para a Argentina de Maradona.
A África vai ser representada por Camarões, Nigéria, África do Sul, Tunísia e Senegal nesta Copa. Os times europeus têm 15 das 32 vagas. Cinco vagas são de países sul-americanos e três da Concacaf.
Embora Blatter tenha enfatizado a importância de que as vagas sejam distribuídas de forma justa, também destacou que não quer que a qualidade do jogo diminua apenas para ser mais politicamente correto.
``Não é fácil encontrar o equilíbrio ideal, mas não podemos esquecer que a Copa do Mundo tem que ser uma competição de qualidade'', afirmou Blatter.